Não acho ruim sentir medo, pois assim ficamos mais espertos e nos mantemos vivos.
O essencial é gostar do que se faz: por melhor que seja a oportunidade que você tiver, se você não gostar do que faz, não faça.
Assim , o mundo dos negócios é feito de dois tipos de decisões: a de saber em que momentos se deve aceitar alguma proposta e em que momento se deve desistir.
Comecei a trabalhar na construtora de meu pai e montei a minha primeira agência com 25 anos. Sempre fui o meu patrão.
Durante toda minha vida, eu sempre fui uma pessoa movida por grandes paixões. Detestar algo também é uma paixão – e das mais poderosas. E não existe nada de que eu deteste tanto quanto perder.
Existe muita gente que acredita que ganhar muito dinheiro pode acabar separando as pessoas. No meu caso: meu primeiro casamento acabou prejudicado por causa da minha paixão pelo trabalho, não por causa do dinheiro que comecei a ganhar.
Porque, muitas vezes, a grande diferença entre os profissionais está na capacidade de cada um perceber os pequenos detalhes. Para descobrir a oportunidade certa, é preciso toda informação possível.
Quem disse que em time que está vencendo não se mexe tem toda razão do mundo. Mas não mexer não quer dizer não melhorar.
Gostar do que se faz é importante exatamente por isso: em qualquer dificuldade que se enfrente, a dificuldade acaba sendo sempre menor que a paixão pelo trabalho.
É dever de qualquer empresário avaliar tudo, sempre, da forma mais abrangente e completa possível.
A diferença entre a hesitação e a decisão é a diferença entre quem se exprime por reticências e quem se exprime por ponto final. O estilo de todo empresário decidido é sempre determinado por seus pontos finais.
Ser franco é algo que tem me feito muito bem nas relações pessoais. E não posso me queixar também de seus efeitos em minha vida profissional.
Para manter qualquer estrutura empresarial saudável, o melhor a fazer são contas de bar. Isso porque a única certeza que se tem em qualquer empresa estruturada é a despesa: a mais incerta é a receita.
Foi uma loucura. Primeiro deixei-o falar, depois fui duro porque ele mereceu. Em nenhum momento o humilhei. Respondi o que ele precisava ouvir. Aos 25 anos fundei minha própria agência. Como sempre fui meu patrão, apesar de achar que já mereci ser demitido – por decisões erradas que tomei – fui complacente e não me demiti. Resolvi investir na internet tarde demais, quando a bolha estava prestes a estourar. Entrei na hora errada e paguei por isso.
Meu critério para contratar pessoas, sempre foi o mesmo. Com a minha formação e o meu conhecimento de administração, o que eu mais buscava era a pessoa certa para fazer o melhor trabalho – e para isso, eu não precisava ser um expert em publicidade: o que precisava era conhecer e estudar o perfil dos profissionais que me interessavam.
Minha disposição de enfrentar um negócio novo e me dedicar inteiramente para ver até onde esse novo negócio poderia crescer provavelmente seja fruto dessa minha convicção de que não existe trabalho bem-feito sem paixão.
O bom empresário é aquele que usa sempre toda sua experiência para aprender a decidir cada vez mais com rapidez. E cada vez melhor.
Sempre repeti que dinheiro não traz felicidade, mas certamente felicidade ajuda a trazer dinheiro.
Quem pretende ter algum sucesso como empresário ou profissional – e mesmo em sua pessoal – precisa exercitar o tempo todo o que os americanos chamam de role reversal.
Limitar a vida pessoal de todos aos limites de seu trabalho, para mim, nunca foi um exemplo de empenho – mas de desequilíbrio. Como se pode exigir criatividade de alguém esgotado, alguém sem tempo de ir a algum cinema ou passar um fim de semana com sua família?
Ninguém vai a um casamento de bermuda. Estar arrumado para o trabalho — mesmo em áreas descontraídas — é questão de bom senso
Idade é um estado de espírito. É claro que não me acho um velho. Eu me recuso a parar o carro na vaga de idoso.
O mundo está muito chato. Não se pode mais falar nem fazer nada. O homem não pode mais paquerar uma mulher. Na minha época, quando a mulher passava em frente a uma construção e o cara assobiava, ela via como algo lisonjeiro. Hoje, dar uma cantada é assédio sexual.
A primeira lição que aprendi foi simples: se você quiser nadar entre os tubarões é melhor se tornar um deles. Um tubarão nunca é desleal ou desonesto: é implacável – e sabe muito bem o que quer.