A ciência está atrás do que o universo realmente é, não do que nos faz sentir bem.
O que é mais assustador? A idéia de extraterrestres em mundos estranhos, ou a idéia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos.
A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!
Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.
Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço.
A vida é apenas uma visão momentânea das maravilhas deste assombroso universo, e é triste que tantos se desgastem sonhando com fantasias espirituais.
E se o mundo não corresponde em todos os aspectos a nossos desejos, é culpa da ciência ou dos que querem impor seus desejos ao mundo?
Toda criança nasce como um cientista nato, então nós tiramos isso delas. Umas poucas resistem ao sistema (de ensino) com sua admiração e entusiasmo pela ciência intactos.
Para mim, é muito melhor compreender o universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa parecer.
Às vezes acredito que há vida em outros planetas às vezes eu acredito que não. Em qualquer dos casos, a conclusão é assombrosa.
Saber muito não lhe torna inteligente. A inteligência se traduz na forma que você recolhe, julga, maneja e, sobretudo, onde e como aplica esta informação.
Existem muitas hipóteses na ciência que são erradas. Isso é perfeitamente correto; elas são a abertura para descobrir o que é certo. A ciência é um processo auto-corretivo. Para serem aceitas, novas idéias devem sobreviver aos mais rigorosos padrões de evidência e escrutínio.
O fato de que muitos riram de alguns gênios não implica que todos de quem se riem são gênios. Riram de Colombo, de Fulton, e dos irmãos Wright. Mas riram também de Bozo, o palhaço.
Nossos antepassados viviam do lado de fora. Eles estavam tão familiarizados com o céu noturno quanto a maioria de nós com os nossos programas de televisão favoritos.
A química que produz a vida é reproduzida facilmente por todo o cosmo. Parece improvável que sejamos os únicos seres inteligentes. É possível mas improvável!
Em um universo que já tem 10 ou 15 bilhões de anos, estamos constantemente esbarrando em surpresas.
A um deus das lacunas é atribuída a responsabilidade pelo que ainda não compreendemos.
O espaço e o tempo estão interligados. Não podemos olhar para o espaço à frente sem olhar para trás no tempo.
Tornamos nosso mundo significativo pela coragem de nossas perguntas e pela profundidade de nossas respostas.
A cura para um argumento falacioso não é a supressão de ideias e sim um argumento melhor.
A imaginação muitas vezes conduz-nos a mundos a que nunca fomos, mas sem ela não iremos a nenhum lugar.
O que estou dizendo é que, se Deus nos quisesse enviar uma mensagem, e escrever em papéis antigos foi a única forma que ele encontrou de fazer isso, ele poderia ter feito um trabalho melhor.
Acreditar em Deus é desprezar todos os mistérios do mundo e todos os desafios à nossa inteligência. Simplesmente desliga-se a mente e diz-se: foi Deus que o fez.
A história está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruiram conhecimentos de imensurável valor que em verdade perteciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo.
Queremos buscar a verdade, não importa aonde ela nos leve. Mas para encontrá-la, precisaremos tanto de imaginação quanto de ceticismo. Não teremos medo de fazer especulações, mas teremos o cuidado de distinguir a especulação do fato.
Uma das grandes revelações da exploração espacial é a imagem da Terra, finita e solitária acomodando toda a espécie humana através dos oceanos do tempo e do espaço.
Em toda e qualquer cultura, imaginamos o Universo governado por algo parecido com nosso próprio sistema político. Poucos acham a similaridade suspeita.
Mesmo um exame superficial da História revela que nós, seres humanos, temos uma triste tendência para cometer os mesmos erros repetidas vezes. Temos medo dos desconhecidos ou de qualquer pessoa que seja um pouco diferente de nós. Quando ficamos assustados, começamos a ser agressivos para as pessoas que nos rodeiam. Temos botões de fácil acesso que, quando carregamos neles, libertam emoções poderosas. Podemos ser manipulados até extremos de insensatez por políticos espertos. Dêem-nos o tipo de chefe certo e, tal como o mais sugestionável paciente do terapeuta pela hipnose, faremos de bom grado quase tudo o que ele quer - mesmo coisas que sabemos serem erradas.
Estamos irrevogavelmente em um caminho que nos levará às estrelas. A não ser que, por uma monstruosa capitulação ao egoísmo e à estupidez, acabemos nos destruindo.
Nos cursos de laboratório na escola secundária, havia uma resposta que devíamos obter. Ficávamos marcados se não a conseguíamos. Não havia nenhum encorajamento para seguir nossos interesses, intuições ou erros conceituais. Nas páginas finais dos livros didáticos, havia material visivelmente interessante. O ano escolar acabava sempre antes de chegarmos até aquele ponto.
O Universo é algo que gera reverência, respeito. Em termos de tempo e espaço, sua escala torna a existência humana microscópica. É fascinante que as leis da natureza sejam as mesmas em todo o cosmos. A lei da gravidade, por exemplo, funciona aqui como a 1 bilhão de anos-luz de distância. Olhemos para cada detalhe, mínimo que seja, como para uma folha, e veremos que sua perfeição e harmonia são deslumbrantes. Creio que a folha resulta do processo de seleção natural, indicado por Darwin, ao longo de quase bilhões de anos de evolução da vida na Terra. Se olhamos essa mesma folha através de um microscópio, ficamos ainda mais maravilhados. Se alguém quer chamar esse sentimento de religioso, isso não me incomoda.